Ponto de Partida

      Na segunda-feira observava um rapaz deficiente visual, chamou-me àtenção a forma como ele se movimentava, vi sua habilidade de superar as diversas formas das calçadas da minha cidade, isso me intrigou, apesar de cauteloso, era bem rápido para o que geralmente pensamos sobre pessoas que tem alguma limitação na visão. Costumamos ter o hábito de ver o "outro" como algo exótico, dotado de uma certa estranheza. Isso me estimulou a pensar O outro, que não vê como EU vejo, pensá-lo não como um pesquisador externo, mas pensar COMO o outro (se isso for possível). 
     Este foi o ponto de partida para meu interesse em mergulhar neste mundo, o "mundo dos cegos", dos que não tem acesso a luz,  de outro ângulo,  impressiona-me a forma como a cegueira atinge as pessoas de uma forma universal, não tendo fronteiras para classe social, cor, credo ou sexo.  Penso na possibilidade de investigá-lo sob a ótica da dança contemporânea, desconstruir alguns conceitos e repensá-los em propostas em construção, para isso irei passar algum tempo pesquisando materiais, acumulando sensações e compartilhando com outros pesquisadores e artístas. O importante é experienciar!

     Hoje experimentei algumas imagens, usei fita gomada, tirei algumas fotos para fazer a arte que está no topo do blog. Irei postar algumas matérias que conceituem a deficiência visual, como ponto de partida no processo criativo de "SOMBRA: Monólogo de um corpovértice".

     Amigos, ainda estou iniciando na blogsfera, desde já peço perdão pelos erros de edição, ainda estou me familiarizando.

    Aguardem novidades!